10.5.08

Cyber-bullying não conhece fronteiras(Investigação jornal Sol)

~


As notícias de casos relacionados com cyber-bullying alargam-se por vários países, sendo que alguns governos já avançaram com medidas para travar o problema.

O caso mais grave relacionado com cyber-bullying registou-se nos Estados Unidos em 2003. O jovem Ryan Patrick Halligan, de 13 anos de idade, foi durante meses alvo de um boato posto a circular on-line sobre a sua orientação sexual. Após receber constantemente mensagens de colegas a acusarem-no de ser gay o jovem suicidou-se.

O seu pai, John Halligan, iniciou a partir daí uma cruzada para a elaboração de leis contra o cyber-bullying entre os adolescentes. Em Vermont, onde o caso aconteceu, as escolas estão obrigadas a afixarem políticas contra o fenómeno, algo que se prepara para ser seguido nos estados de Oregon, Rhode Island e Washington.

O governo britânico também já veio a público manifestar preocupação sobre o assunto, com o secretário de estado da educação, Alan Johnson, a defender que as empresas fornecedores de Internet «têm a responsabilidade e obrigação moral de agir».
Alan Johnson pediu aos responsáveis pelos sites de partilha de vídeos para darem ao cyber-bullying o mesmo tratamento que é dados aos filmes de cariz pornográfico, ou seja barrar o acesso.
No Canadá, um liceu católico suspendeu no passado mês de Fevereiro onze alunos por terem criado na rede social «Facebook» o grupo «McMahon ... Grinch of School Spirit» onde publicavam comentários insultuosos e humilhantes sobre o director.

O caso repete-se na Europa onde, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal «Guardian», 17 por cento dos professores no Reino Unido confessaram que já foram vítimas de cyber-bullying.

Em Espanha, no final de 2006, a polícia das Canárias revelou receber um número cada vez maior de queixas relacionadas com o tema, situando-se numa média de 12 por mês. Os motivos, na maioria das vezes, relacionam-se com imagens de cariz sexual enviadas pela Internet e que pouco tempo depois acabam a circular pela escola.

No comments: